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STJ autoriza liberação de resultado do Sisu e inscrições no Prouni

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Victoria Debortoli (Diário)
Na tarde desta terça, cronograma no site do Sisu estava em branco

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu ao pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e autorizou a divulgação do resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e a sequência do processo seletivo com base no Enem de 2019. 

Conforme o calendário inicial, a divulgação das notas deveria ter sido feita na manhã desta terça, no site do Sisu. Entretanto, a determinação da Justiça Federal em São Paulo, acatada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), não permitia a divulgação das notas devido a problemas em correções de provas do Enem. 

Ainda não há definição sobre o novo cronograma do Sisu nem do Prouni, que teria as inscrições abertas a partir de hoje, mas foi suspenso pelo Ministério da Educação na noite de segunda. 

ERROS NO ENEM
A gráfica Valid, responsável pela impressão do Enem 2019, teve falhas em duas etapas que deveriam ter identificado a dissociação entre candidatos e suas respectivas cor de provas. O erro contraria exigência do edital que rege a contratação da empresa.

As explicações da gráfica constam de ofício encaminhado ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). O documento foi repassado ao MPF (Ministério Público Federal).

Segundo o governo Jair Bolsonaro, 5.974 participantes do exame receberam notas erradas do Enem 2019. O equívoco só foi apurado na sexta-feira depois da divulgação oficial dos resultados e de uma série de reclamações nas redes sociais.

Inicialmente, o "erro aconteceu na fase de impressão, que gerou informação equivocada", segundo disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

Durante a impressão, houve problemas nos códigos de barra de identificação do gabarito, que relaciona o candidato à cor da prova feita por ele. Há um protocolo operacional para que inconsistências como essas sejam identificadas e corrigidas antes do envio dos dados para a correção. No entanto, esse sistema de verificação redundante falhou em duas etapas. 

De acordo com o documento, houve erros no processo da verificação da associação entre o aluno e a cor da prova. O sistema verificava que havia um desvio, mas não gerava um arquivo digital para encaminhar os casos para para uma nova análise.   Essa nova fase de conferência é chamada, no próprio documento, de células de reprocesso. 

Houve, porém, um segundo problema nessas células de reprocesso. Uma instabilidade em um sensor específico de leitura dos cadernos de prova deixou passar os erros. Isso foi apurado pela gráfica somente depois de ter sido acionada pelo Inep, pelo que indica o documento.

Essa foi a primeira vez que a Valid imprimiu o Enem, que teve no ano passado 3,9 milhões de participantes. A empresa não tinha experiência em serviços dessa dimensão. A empresa que imprimia o Enem desde 2009, a RR Donnelley, anunciou falência em março de 2019.

Ao fim de todo processo, o Inep chegou ao número de participantes afetados, que tiveram suas notas alteradas. O instituto recebeu 172 mil reclamações da nota e o governo já enfrenta uma série questionamentos na Justiça.

*Com informações da Folhapress

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